quinta-feira, 19 de abril de 2012
Radical sim, extremista não!
Por Bruno Souzza
“Não ameis o mundo nem as coisas
que há no mundo. Se alguém amar o mudo, o amor do Pai não está nele; E não vos
conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente,
para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
1Jo 2:15 e Rm 12:2, respectivamente.
Quando Jesus andou pelo mundo,
pregando o evangelho do Reino, muitos se escandalizaram. Enquanto alguns ignoravam
o seu próximo por julgarem possuir ideais nacionalista-religiosos elevados,
porém cegos por um senso de justiça legalista, lá estava o Mestre de Nazaré a “chamar
(...) os pecadores ao arrependimento” Mt 9:13. Longe de apoiar a conduta
dos doentes de alma e amargurados de espírito, ou mesmo relativizar os
comportamentos dignos de reprovação, Jesus se destacava onde quer que fosse e
onde estivesse fazia a diferença. Todos percebiam a sua autoridade porque
efetivamente vivia o que pregava.
Alguns da parte dos fariseus eram
extremistas. Defendiam com zelo desmedido suas tradições anciãs, quase sempre
extremas, e que deixavam de lado o amor ao próximo causando segregação social e
orgulho religioso. O zelo pela tradição, “invalidando assim a Palavra de Deus” Mc 7:13,
foi alvo de sérias críticas por parte de Jesus que não era um extremista, a
ponto de isolar-se do convívio, e sim um radical, alguém que vivia por ideais
absolutos e inflexíveis, porém inclusivos, sem a tendência de resolver os
problemas defendendo medidas extremas, como nos casos, por exemplo, em que curou
no sábado e confrontou a visão legalista interpretando corretamente o princípio
da Lei.
Tais atitudes radicais
conquistaram a inimizade de muitos e Jesus não escondeu dos seus discípulos o
que implicava segui-Lo. Quando os chamou anunciando-lhes uma missão disse: “Acautelai-vos,
porém dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão em
suas sinagogas; E odiados de todos sereis por causa de meu nome” Mt 10:
17,22. Eles foram
alertados do ódio e da intolerância dos homens. Por que, então, aborreceriam os
seguidores de Cristo, perseguindo-os de diversas formas, se o conteúdo de sua
mensagem é reconciliadora? Isso evidencia a existência de um sério contraste
entre valores antagônicos, tanto por parte dos próprios judeus, pois o sinédrio
e as sinagogas eram presididos por judeus, quanto por parte dos povos gentios. O
ódio seria resultante direta do amor pelo Seu nome.
Para nós, ocidentais, o nome de
uma pessoa nada mais é do que um rótulo e não é dado, na maioria das vezes, com
a intenção de informar algo a respeito do portador. Ao contrário da nossa
concepção, no oriente um nome quer dizer muito acerca da pessoa que o carrega.
Jesus quer dizer “YHWH é Salvação”, significando a auto-revelação da Sua pessoa
e caráter divino, indicativo de Sua missão. O nome de Jesus (Yeshua) é auto-determinante
como Messias, o Ungido, separado com um propósito específico, Emanuel, ou seja,
“Deus entre nós”. Desta forma está explícito e é determinante o papel de Jesus
na salvação.
Ora, Evangelho significa “boas
notícias”, uma mensagem de vitória trazida direto do campo de batalha por um
mensageiro. Mas aqui está o avesso da questão radical: a vida foi conquistada
por Jesus e somente nEle pode-se viver para Deus, somente Ele é capaz como
Mediador que é, de incluir o homem na comunhão com o Divino e excluí-lo, ao mesmo tempo do mundo
sem impedir o convívio social. O difícil foi enxergar na figura do Homem de
Nazaré o Messias esperado. Isso significaria submissão, estar de acordo com a
vontade dEle, reconhecer o Seu nome e seguir seu modelo, feito a criança que
anda sobre os pés do pai. A bem verdade é que era necessário que se cumprisse a
palavra do profeta que disse “veio para o que era seu, e os seus não o receberam”.
A idéia de ser separado não era
obscura para os judeus da época de Jesus, uma vez que, no Sinai, receberam os
fundamentos para uma vida santa (Kadosh), ou seja, separada para uso exclusivo,
e distinto dos padrões das civilizações circunvizinhas. A Israel estava vetada
a participação nos costumes pagãos, não autorizados pela Torah, e não no
convívio pacífico com outros povos e nações. A Palavra de Deus não se resume
apenas no Evangelho, antes também na Lei cujo papel é revelar a vontade do
Eterno para um povo peculiar 1 Pe 2:9.
Assim como o povo saiu do Egito e
da dominação de Faraó, somos recolhidos do mundo e da dominação maligna. As
Tábuas da Lei revelam um elevado padrão de moralidade contendo os princípios
reguladores do culto (Adoração, Sistema de Sacrifícios, Festas, etc.), reguladores
da vida (ética) e a vontade soberana do Altíssimo. Em Jesus cumpriram-se as
exigências da Lei sem, entretanto, haver revogação dos mandamentos (mistvot) Mt 5:17. É
necessário não somente sair do mundo, mas também retirar o mundo, suas
influências e valores, de dentro de nós. Somente assim amamos o Pai: se não
amarmos o mundo. Não existe meio termo, como explica o Messias no evangelho de
Lucas: “quem não é contra nós é por nós”.
O modelo é Jesus e devemos
imitá-lo, devemos caminhar em suas pegadas como pequenos cristus, como toda criança que um dia usou em suas brincadeiras a
roupa dos seus pais, na tentativa de se caracterizar identificando-se com o
objeto de suas afeições. As meninas colocam os saltos, se borram com a
maquiagem e fingem fazer compras ou cuidar de seus bebês, enquanto os meninos
usam as calças e os sapatos, dirigem o carro e vão para o trabalho nos moldes
de seus pais. Essa ilustração realça a idéia de que o homem vive em busca de um
modelo, de um referencial que traga segurança e certezas.
Como um salmão que nada contra as
correntes revoltas, somos levados a navegar não nos conformando com este século
e seus valores e padrões, antes, sendo transformados em nossas mentes, em nosso
entendimento, gradativamente pela mortificação da nossa carne (habitação e área
de influência do pecado) e purificados pela aspersão do sangue de Jesus,
experimentaremos, ou ainda, provaremos da vontade do Altíssimo (bendito seja
para todo sempre. Amém!) que é boa, agradável e perfeita.
A sabedoria não está nos extremos
de uma situação, já que o sábio é alguém que pondera, analisa e toma medidas
equilibradas. Viver radicalmente é a proposta divina àqueles que entendem que o
caminho é estreito e o mandamento é bom.
Radical sim, extremista não!
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Sete verdades para os jovens em Josué 1:1-18
por Bruno Souza
Como sabemos Josué sucede Moisés na tarefa de guiar o povo até a Terra Prometida, a terra de Canaã. Eles estavam à margem leste do rio Jordão sendo Moisés já morto (v. 2), o que conclui o castigo de Deus sobre a geração que havia saído do Egito. A figura de Josué na liderança sucessora dá continuidade ao propósito inicial do Senhor em levá-los a conquistar a terra. Sim, conquistar porque havia gente morando na terra.
Como sabemos Josué sucede Moisés na tarefa de guiar o povo até a Terra Prometida, a terra de Canaã. Eles estavam à margem leste do rio Jordão sendo Moisés já morto (v. 2), o que conclui o castigo de Deus sobre a geração que havia saído do Egito. A figura de Josué na liderança sucessora dá continuidade ao propósito inicial do Senhor em levá-los a conquistar a terra. Sim, conquistar porque havia gente morando na terra.
Existe uma terra prometida para você,
mas:
(1º) Você precisa entrar
nela e para isso é necessário (2º)
disposição. Note as palavras do Senhor a Josué no imperativo, “dispõe-te” (ARA)
ou “levanta-te” (ARC). É como se o Senhor estivesse dizendo “está na hora, já é
o tempo, vai”. E novamente, “Não fique parado a beira do Jordão enquanto diante
de você está a terra que eu dou aos filhos de Israel”. O imperativo divino
requer de nós ação em conformidade com a promessa o que nos leva a (3º) não perder de vista a orientação de
Deus. Não podemos nos esquecer jamais que não haverá conquista se desobedecermos.
Existe uma terra prometida para você, mas:
(4º) É preciso ter
confiança em Deus. Conquistar é adquirir algo pela força do trabalho e isso,
invariavelmente, nos leva a observar o quanto Josué confiava em Deus, pois
diante dele estava a promessa. Não erre: ser bem-sucedido não é uma mera
recompensa obtida mediante a obediência, porque a promessa foi prometida antes
de qualquer ato de obediência. Então (5º)
seria mais exato compreender o sucesso prometido como algo que pode ser perdido
devido à desobediência. Conclui-se, portanto, (6º) que a fé é a confiança baseada na promessa de Deus e tal fé
resulta na obediência (v. 6, 7).
Existe uma terra prometida para você, mas:
(1º) Se você não age, (2º) não se dispõe, (3º) se perdeu de vista a orientação do
Senhor, (4º) não confia na presença
ativa de Deus, (5º) está confuso em
relação ao sucesso do empreendimento e (6º)
não crê na promessa, certamente você ainda está sentado a beira do Jordão.
E qual seria a sétima verdade que podemos aprender nessa lição? Não
poderia ser outra senão uma verdade que nos encoraja a prosseguir quando
desafiados a conquistar a terra de gigantes. A (7º) verdade é esta: “Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não
temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que
andares”.
A obra é desafiadora, mas o Senhor guia os nossos passos. Creia!
quarta-feira, 21 de março de 2012
A Missão da Igreja: a missão de Cristo
"Percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo" (Mt 4:23)
por Bruno Souza
Quando o assunto é evangelismo estou certo de que o entendimento completo da missão da Igreja dependerá da forma como olhamos o mundo a nossa volta e nossa compreensão da missão do Filho (Jo 20:21). Isto por conta de duas visões extremas:
(1) Visão "tradicional": Missão = Evangelismo
(a) o mundo é um prédio em chamas
(b) Jesus vem a qualquer momento
(c) tarefa da igreja: operação resgate, antes que seja tarde de mais
(d) modelo de relacionamento: Deus-Igreja-Mundo.
(2) Visão Ecumênica: Missão = estabelecimento da Paz
(a) a sociedade foi atingida pelo pecado
(b) Jesus veio trazer renovação social
(c) tarefa da igreja: servir as necessidades sociológicas
(d) modelo de relacionamento: Deus-mundo-igreja.
Ambas apresentam-se como caixas estanques que acabam por sacrificar o caráter tanto salvador quanto renovador dos relacionamentos humanos no mundo. A missão da igreja, dessa forma, é representada unilateralmente: ou pelo evangelismo da visão pessimista do mundo que não vê razões para tentar mudar a estrutura da sociedade condenada e perto de seu fim; ou em termos de ação social para o estabelecimento do bem estar humano onde a igreja é instrumento desta renovação politica e social. A síntese bíblica é ferramenta indispensável nesta relação polarizada.
(3) Visão Bíblica: Missão = evangelismo + ação social
(a) a missão surge primariamente da natureza de Deus e não da natureza da igreja
(b) Deus é o Senhor que envia
-enviou Abraão (Gn 12: 1-3)
-enviou José (Gn 45: 4-8)
-enviou os profetas
-enviou o Filho (Gl 4:4)
-enviou o Espírito santo (At 2:33)
-enviou os discípulos
(c) a Missão é tanto evangelística quanto de responsabilidade social.
Segue que não apenas uma forma de interpretação e seu conjunto de interesses deve prevalecer, antes, tanto a interpretação vertical do evangelho (interessada na ação salvadora de Deus na vida de indivíduos) quanto a horizontal (cujo interesse são os relacionamentos humanos no mundo) perfaz a totalidade a missão do Filho que agora envia a igreja para dar continuidade ao seu serviço. A Grande Comissão aliada ao Grande Mandamento representa a síntese bíblica perfeita entre a ação de proclamar as virtudes do reino de Deus e a ação social de alimentar as bocas famintas, lavar os pés sujos, confortar os abatidos, enxugar as lágrimas dos que choram.
Jesus tanto pregava quanto ensinava e da mesma forma curava, evidências que é chegado o reino dos céus. Não foi diferente com seus discípulos comissionados e também assim não o é conosco. A missão da igreja é a missão de Jesus em seu aspecto realizável de servir.
Conclusão:
(1) A nossa compreensão da missão da igreja deve ser deduzida da nossa compreensão da missão do Filho (Jo 20:21). Assim é que certamente vamos fazer parar o pêndulo que oscila entre duas visões opostas acerca do modelo de relacionamento entre Deus, o mundo e a igreja.
(2) O ministério de Jesus tanto nos demonstra que o ensino e a pregação são aspectos importantes na missão da igreja, quanto nos direciona frente às necessidades materiais dos menos favorecidos: sejam eles os de fora ou os domésticos da fé (Gl 6:10).
(3) Ele não apenas nos deu a ordem para ir e proclamar o evangelho (Mt 28:19-20; Mc 16:15; Lc 24:47; At 1:8) limitando, assim, a missão da igreja ao papel de pregar, converter e ensinar, apenas.
(4) A correta compreensão da missão do Filho poderá nos ajudar a quebrar de vez com a velha visão tradicional e nos servir de base contra a nova visão ecumênica de renovação social somente.
sexta-feira, 16 de março de 2012
Tema da Confederação Sinodal
Pessoal, graça e paz!
A Diretoria da
Confederação Sinodal de Mocidades traçou como um de seus objetivos em reunião
de planejamento buscar uma maior interação e comunicação com as Federações, e
também com as UMP’s locais e, para facilitar esse processo resolveu utilizar os
blogs das próprias federações. Pois bem. Pedimos licença aos queridos, e aqui
estamos nós!
Este nosso
contato está relacionado com a escolha do tema para o biênio. Um dos maiores
problemas do nosso Sínodo é a distancia entre as cidades que o formam, e, por
isso, nós, membros da diretoria sentimos a necessidade de trabalhar com um tema
que esteja relacionado ao amor e à unidade do corpo de Cristo, um tema que nos
mostre o quanto é importante estarmos juntos, cooperando para o crescimento do
reino de Deus. O texto escolhido para nos direcionar na escolha do tema se
encontra em Efésios 4. 15 e 16 ‘Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos
em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e
consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada
parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.’
Mas então,
qual é a participação de vocês? Por que nós estamos aqui? A idéia é que as
Federações dêem sugestões de temas, e estes, serão votados por todos os jovens
do sínodo até chegarmos à nossa escolha. Os temas deverão ser sugeridos aqui no
Blog da Federação até o dia 25 de Março. A diretoria da Sinodal escolherá os 4
melhores temas (um de cada federação) e, a partir do dia 26 de Março estará
aberta a votação para a escolha final, que se encerrará no dia 30 de Março.
É importante lembrar que o tema escolhido será
trabalhado no Encontro Sinodal de UMP’s, que acontecerá em Ilhéus, nos dias 30
de Junho, 01 e 02 de Julho de 2012. Comece a se programar desde agora para este
momento em que poderemos estar reunidos compartilhando as experiências que o
Senhor tem nos permitido viver.
Que
nosso Deus nos abençoe a cada dia, e que estejamos dispostos a fazer com que o
Seu Nome seja exaltado!
Em Cristo,
Evellyn
Louyse Melo Barreto
Sec.
Executiva CSM/SSB
(73)
9102 3278 / 9983 3207
ump.sulbahia@hotmail.com
quinta-feira, 8 de março de 2012
I WORKSHOP sobre Evangelismo
Queridos, a Paz do Senhor.
Vejam aí a maravilha que o Senhor reservou para as nossas vidas!
Qual o objetivo desta programação? Preparar a todos nós, jovens do PITB, para cumprir a missão que nos foi dada por Deus de ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura. Todos
lembram o que importa? Importa que preguemos a Salvação! Porque nós, que somos
testemunhas de um amor tão imenso não podemos nos calar, e precisamos saber o
que e como dizer!
Cada
Mocidade deve estar representada por pelo menos uma pessoa, que não precisa ser
o presidente, ou alguém da diretoria, mas, um sócio que tenha característica de
evangelista, que esteja realmente interessado em aprender, para que depois
possa compartilhar com os demais sócios. Se a sua UMP puder participar com um
número maior de pessoas, será uma bênção! Entre em contato com a Federação e
confirme sua presença e a quantidade de pessoas que participarão.
Divulgue
este evento na sua Igreja, e incentive os irmãos a participarem. A FMPITB conta
com a habitual participação de todas as UMP's!
Que
Deus nos abençoe!
sábado, 3 de março de 2012
Blogueiros 2012
UMPovo, graça e paz!
Iniciamos mais um ano de trabalho da nossa Federação, e um dos nossos propósitos para 2012 é manter o blog constantemente atualizado, com informações sobre as programações e atividades da FMPITB, bem como palavras doutrinárias, textos para reflexão, e tudo quanto for interessante a nós, jovens cristãos.
Para facilitar e dinamizar as atualizações, foi escolhido um grupo de irmãos que se empenhará neste serviço: Ev. Bruno, Louyse, Karina e Gustavo.
Como todos podem observar, o blog está ganhando uma cara nova, e a partir da próxima semana, teremos as atualizações referentes às propostas da Executiva da Federação que já foram aprovadas pelos presidentes das UMP's do nosso Presbitério.
Fiquem de olho!!
Que o Senhor nos abençoe.
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